quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Natal

A história do nascimento de Jesus, que foi concebido num estábulo, após ter sido anunciado por uma estrela guia e recepcionado pelos Três Reis Magos como um Rei, vem sendo apagada pelo tempo, pois sequer lembramos por que nos reunimos na noite de Natal. Aliás, sabemos: para comer, beber e trocar presentes. E assim, como essa história muitas outras histórias o homem vem perdendo com o tempo.


A própria ambição do homem, a corrida pelo poder, a busca por felicidade no mundo da ilusão, vem apagando da memória as verdadeiras histórias. Ganhamos celulares, mas estamos mais solitários. Ganhamos as relações cibernéticas, mas perdemos o calor humano. Ganhamos "status", mas perdemos a ética. Na corrida desenfreada por todos esses falsos ganhos, deve ser natural que muitas histórias sejam perdidas.


O mundo externo passou a ser mais importante que o nosso mundo interno. Falar em mundo interno é reconquistar nossa verdadeira identidade e recuperar nossa verdadeira história. O quanto era gostoso enviar e receber cartas pelo correio? O quanto era gostoso na véspera de Natal visitar os vizinhos e compartilhar a alegria dessa noite? O quanto era gostoso compartilhar a nossa ceia? O quanto era gostosa a nossa vida? E hoje encontro pessoas que dizem: "Não vejo a hora que passe toda essa loucura de Natal". Incrível como reduzimos nossas histórias e passamos a viver tão esgotados e infelizes.


Que nesse Natal possamos resgatar o verdadeiro propósito e experimentar o seu verdadeiro significado. O significado de sermos mais amorosos, benevolentes, tolerantes com o próximo. Que possamos recuperar o amor por nós mesmos e dessa forma poder amar o próximo. Compartilhar a alegria de simplesmente estar vivo.


(Abaixo, quatro fotografias tiradas por mim. A primeira na cidade de Canela, na casa do Papai Noel. As demais em Gramado. Ambas cidades situam-se na Serra Gaúcha).







domingo, 19 de dezembro de 2010

Geburstag

19 de dezembro de 2010 - 19 de dezembro de 1990 = 20 anos.


20 anos. 5300 dias. 127200 horas. Algumas histórias para contar, outras vitórias para comemorar e derrotas para ensinar.


Hoje, como em outras 19 vezes, fecha-se um ciclo. Mais um ano se foi e nada faz voltar. Eu, Carina Schmitt, jamais terei, novamente, 19 anos, a não ser que seja em outra vida... Se é que há outra chance. Nunca mais terei a mesma idade, assim como cada segundo que é único e passageiro, embora existam as lembranças que são eternas e irreversíveis.


Se pararmos para pensar, nós podemos estar nos deliciando com um sorvete de chocolate às 14:02:36 do dia 10/01/2010, sentados debaixo de um colorido guarda-sol na beira do mar, observando o vai e vem das ondas. E será único. Não apenas porque o sorvete vai acabar, ou porque o movimento das ondas nunca será igual, mas porque o tempo chega a ser algo mágico: Não se repete. Só existe um 19/12/2010, bem como um 10/01/2010. Só existe uma vez em que os ponteiros do relógio irão marcar 14:02:36 do dia 10/01/2010. E o tempo passa... Como passa. Assim, embora seja clichê, me atrevo a dizer: Vamos aproveitar bem o nosso tempo, pois ele é único e não volta mais. Parafraseando a música Tempos Modernos do Lulu Santos, "Hoje o tempo voa amor. Escorre pelas mãos. Mesmo sem se sentir. E não há tempo que volte amor. Vamos viver tudo que há pra viver..."


Meu único e maior desejo neste novo ano que inicia para mim, além de que eu aproveite cada segundo que terei, é que eu, simplesmente, não desista de mim, e assim todo o resto irá acontecer também.



"Nascemos para jamais envelhecer, para nunca morrer.
Tudo que podemos esperar, no entanto, é uma consciência de ter vindo demasiado cedo.
 E um certo desprezo pelo futuro pode nos garantir pelo menos uma bela fatia de vida"
(Raoul Vaneigem - A Arte de Viver para as Novas Gerações)

domingo, 5 de dezembro de 2010

Exercendo o Poder, por Al Capone e Roosevelt

Ter força e influência. Ser poderoso(a). Imperar. Dominar. Ter soberania. Autoridade.

Segundo Alphonsus Gabriel Capone (mais conhecido como Al Capone), "você pode conseguir muito mais com uma palavra gentil e uma arma do que conseguiria somente com uma palavra gentil".

Na mesma linha de pensamento aparece uma frase de Theodore Roosevelt (Teddy, para os íntimos) que diz: "Seja gentil, mas com um grande porrete na mão".

Assim, pensando sobre os dizeres, chego a conclusão de que, quando precisa-se influenciar alguém com o intuito de que esta pessoa fique a nosso favor de qualquer maneira, por bem ou mal, deve-se ser cortês e amável, além de oferecer palavras que soem elegantemente. Mas, mesmo assim, arranjar uma arma ou um grande porrete nunca é demais. Com alguma destas ferramentas, a probabilidade do sucesso de qualquer "negociação" será infinitas vezes maior.


Reflitam, coloquem em prática e voltem para contar suas experiências de sucesso... :)

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Selo de Qualidade



Pois é, recebi hoje um selo de qualidade pelo blog. E isto me leva a uma reflexão, não muito extensa, mas verdeira (para mim, ao menos): As melhores coisas são aquelas simples, que fizemos expontaneamente. Sem temores, medos. Sem pensar no que os outros irão pensar. O meu blog é assim: Escrevo sobre o que tenho vontade, sobre o que sinto, o que penso. É isso que faz "sucesso" e é isso que importa: Sermos nós mesmos, apenas. É simples. Siga seu coração, suas ideias, suas convicções, suas certezas (e porque não incertezas).


A regra do "jogo" diz, ainda, que devo indicar 10 blogs para receber o selo também. Aí vão eles:
http://distractingpages.blogspot.com/
http://p0ntodevista.blogspot.com/
http://naoquerofalardisso.blogspot.com/
http://serenico.blogspot.com/
http://nathaliaalvespires.blogspot.com/
http://lepetitfable.blogspot.com/
http://endofstep.blogspot.com/
http://hd-flumen.blogspot.com/
http://alfabetad.blogspot.com/
http://aprazivelirreprochidez.blogspot.com/


Um abraço a todos que sempre passam por aqui, apesar de não deixarem suas "pegadas". E um agradecimento especial ao dono do blog Amor Cafona, que me presenteou com o selo.

domingo, 28 de novembro de 2010

O Tamanho das Pessoas

Uma pessoa é enorme quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravado.
É pequena, quando só pensa em si mesma, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade, o carinho, o respeito, o zelo e, até mesmo, o amor.
É gigante, quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto com você.
É pequena quando desvia do assunto.
É grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma.
É pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês.
Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande. É a sua sensibilidade, sem tamanho.

sábado, 27 de novembro de 2010

Nem Sempre

O que se quer ouvir é o que se ouve, de fato. Comida natural é melhor do que a industrializada. Tecnologia faz bem. Por si só, a lucidez nos leva para um bom porto. O que as pessoas dizem é o que elas fazem de verdade. Vitrines convencem. As loiras são burras. Mais é melhor. Classe C quer preço baixo. Recebe-se respostas sempre. O cliente tem razão. Competência é o suficiente. A brincadeira sempre sai como o esperado. Ilusão é algo ruim. O mundo sempre foi assim. Ter muitas opções é sinônimo de satisfação. Os grandões são os melhores. Ideias são oportunidades. Os fins justificam os meios. As coisas são o que parecem ser. As notícias voam.
Nem sempre.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Hoje

Aquela alegria ainda está comigo. A minha ternura não ficou na estrada, não ficou no tempo, não ficou presa na poeira do caminho. Eu me gosto muito mais, porque me entendo muito mais também. Eu tenho certeza. E sou feliz por tê-la. Hoje eu entendo e, enfim, aceito. Há serenidade. Há um novo começo movido por forças não tão novas assim. Há uma continuação de tudo que antes não foi. Hoje vejo a minha própria força, a minha própria fé e a justificativa existe quando olho, bem fundo, até o dedão do pé.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O Amor?

A palavra amor vem do latim amor, que quer dizer “amizade, dedicação, afeição, ternura, desejo grande, paixão, objeto amado”. Os registros históricos sobre a evolução gráfica do vocábulo indicam que o termo já aparece grafado como amur no século XIV e aamoor e hamor no século XV.


É, sem sobra de dúvida, uma das palavras mais fascinantes em todos os idiomas e culturas. Até porque, independentemente da língua escolhida os significados desse termo trazem em seu bojo um caráter vigoroso e múltiplo.


O amor é um conceito diverso, repleto de contrastes, antíteses, paradoxos e peculiaridades que o tornam, ao mesmo tempo, singular e complexo. Defini-lo é muito mais do que uma simples demonstração de conhecimento linguístico. É, antes de tudo, uma empreitada desafiadora.


Prova de toda essa variedade de significações e dessa intensa batalha de antíteses presentes numa mesma palavra pode ser evidenciada num pequeno rol de citações que explicita boa parte de sua dinâmica conceitual. O amor pode justificar, determinar, agregar, permitir, superar, perdoar, prolongar, solicitar. O amor também condena, desnorteia, absolve, revela, esconde, simula, expõe. O amor orienta, desnorteia, incendeia, esfria, congela, ferve.


No amor estão presentes, ao mesmo tempo, os quatro elementos e os cinco sentidos. Por ele se luta, por ele se ganha, por ele se perde, por ele se joga, por ele se brinca, por ele se chora, por ele se vive, por ele se morre... Ele ataca e defende, derruba e sustenta, grita e silencia.


Seja na gramática ou na poesia, seja na etimologia ou na filosofia, a verdade é que basta estar vivo para saber, de maneira consciente ou insciente, que o amor transcende qualquer ciência. Ele nasce, cresce e se multiplica, ocupando espaços maiores e menores, mas sempre edificados com o que há de mais nobre no espírito e no coração do ser humano.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Sem Evitar

Quando se fica triste, quer-se que a alegria venha prestar socorro em minutos. Não é confortável atravessar ruas desertas, pontes frágeis, transversais melancólicas. Não é prático percorrer um trajeto longo até conquistar um estado de espírito melhor. O que se quer, é uma transformação imediata: da tristeza para a alegria, sem escala nem demora.


No entanto, viver é uma caminhada e tanto, e não se tem essa “colher de chá” de selecionar onde descer e quando descer. É preciso passar por tudo: desânimo, desesperança, sensação de fracasso. Perda. É preciso sentir assim até que se consiga chegar a uma praça arborizada, onde há uma possibilidade. Um crescimento talvez. Uma conquista relacionada ao bem estar pessoal. E onde iniciam outras dezenas de ruas, outras tantas passagens, e a gente segue caminhando. Novamente. Sem evitar.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Brief für Dich

(Friedrich 'Wilhelm' Nietzsche - A Gaia Ciência - Livro IV)


“Nós éramos amigos e nos tornamos estranhos um para o outro. Mas está bem que seja assim, e não vamos nos ocultar e obscurecer isto, como se fosse motivo de vergonha. Somos dois barcos que possuem, cada qual, seu objetivo e seu caminho; podemos nos cruzar e celebrar juntos uma festa, como já fizemos e os bons navios ficaram placidamente no mesmo porto e sob o mesmo sol, parecendo haver chegado o seu destino e ter um só destino. Mas então a toda poderosa força de nossa missão nos afastou novamente, em direção a mares e quadrantes diversos e talvez nunca mais nos vejamos de novo ou talvez nos vejamos, sim, mas sem nos reconhecermos: os diferentes mares e sóis nos modificaram! Que tenhamos de nos tornar estranhos um para o outro é lei acima de nós: justamente por isso devemos nos tornar também mais veneráveis um para o outro! Justamente por isso deve-se tornar mais sagrado o pensamento de nossa antiga amizade! Existe provavelmente uma enorme curva invisível, uma órbita estelar em que nossas tão diversas trilhas e metas estejam incluídas como pequenos trajetos. Elevemo-nos a esse pensamento! Mas nossa vida é muito breve e nossa vista muito fraca, para podermos ser mais que amigos no sentido dessa elevada possibilidade. E assim vamos crer em nossa amizade estelar, ainda que tenhamos que ser inimigos na Terra”

domingo, 31 de outubro de 2010

Perto do Fim

Silêncio.
As ideias não fluem. Simplesmente não mais são.
Conformismo e aceitação.
Não há em que pensar. Nada pra falar.
Força.
Para, sobretudo, entender e, enfim, aceitar o inaceitável.
Realidade.
Tudo está certo, principalmente quando se está mais perto do fim do que do começo.

sábado, 23 de outubro de 2010

Empirismo Humano

A priori, as pessoas nada conhecem. Nada sabem. Não são coisa alguma, senão apenas essência. São como uma folha em branco. Folha que, aos poucos, em função de tentativas e erros, ganha uma infinidade de cores e contrastes, formas e maneiras, sim e não.


Ideias inatas, resultantes da capacidade de pensar da razão, bem como o senso comum, são abandonados. O conhecimento é fruto de experiências vivenciadas, e estas, por sua vez, são as únicas e principais formadoras das ideias racionais. A sabedoria é adquirida pela abstração da realidade.


Mas, talvez, a autonomia dos sujeitos, que é responsável por provocar, de acordo com cada momento, variações de consciência, nunca permitirá que uma porção deles perceba e compreenda.


O fato é que “teorias de vida” não bastam. É somente através de experiências externas, advindas de sensações provocadas por fatos ocorridos ou vivenciados, seguidos de uma experiência interna, via reflexão, que a folha branca é preenchida com cores, retas, curvas e formas. É assim que aprendo. Assim que entendo. Assim cresço. Assim vivo.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Reencontro Irreal

Complexo é perder-se. É tão complexo que arranjei, sem demora, uma maneira de me reencontrar, embora isto possa ser apenas mais um equívoco que vivo em função de uma consideração inventada. O que é a vida senão a alternância entre instantes reais, que existem de fato, e aqueles que são resultado de nossa invenção, que abrem mão da exatidão e dão espaço para nossos desejos veementes?


"Um dia desse
Num desses
Encontros casuais
Talvez a gente
Se encontre
Talvez a gente
Encontre explicação..."
(Pra Ser Sincero - Engenheiros do Hawaii)

sábado, 16 de outubro de 2010

Frases Dispensáveis

Palavras formam frases. Ou o conjunto de substantivos, adjetivos, verbos, locuções, adjuntos (e toda essa parafernália) são responsáveis pela formação delas. Existem frases ou expressões de grande significação, como aquelas que demonstram asco ou adoração, aquelas que ditam regras ou a ausência delas, enfim, todas elas transmitem informações das quais necessitamos, ou então que são de grande valia.


Sem falar daquelas frases ditas num silêncio extremamente profundo, onde apenas a respiração se faz presente, e os olhos, magicamente, se encontram para transmitir, com célebre exatidão, tudo aquilo que as palavras não seriam capazes.


Mas, em contrapartida, existem aquelas expressões que não servem para absolutamente nada (ou quase nada), e são ditas apenas por “capricho” ou para disfarçar embaraçosos silêncios.


“Vai passar” não consola ninguém e não ajuda em nada.


“Desculpe qualquer coisa”, seria um constrangimento por existir?


“A gente se fala”, nada mais abstrato. Um dia, uma hora dessas, daqui um tempo, talvez na próxima encarnação.


“Eu não disse?” serve para provar que o indivíduo tem vocação para ser vidente. E também não ajuda em nada.


“Já passei por isso também” (às vezes seguindo de “e quem não passou, ainda vai passar”), para mim é uma das piores frases que alguém pode pronunciar. Simplesmente não consola. Eu, ao menos, nunca fiquei melhor em saber que não fui a única. Além de que cada um de nós sente, seja lá o que for, de forma única. Então é necessário pronunciar que já teve uma experiência igual.


Enfim, ainda acredito que o silêncio é a melhor das alternativas quando realmente não se tem algo de útil para falar. Aliás, acredito que o silêncio é, em alguns casos, interpretado de forma errada. Ele aparenta ser, muitas vezes, um castigo ou algo que demonstra a vontade do próximo de não falar, o que nos leva a pensar que tem algo de errado acontecendo. Muito se engana quem assim pensa. O silêncio é o melhor remédio quando não se tem o que dizer. Prefiro o silêncio a “abobrinhas” que só servem para “encher linguiça”. Prefiro o silêncio a falar por falar. Prefiro o silêncio a frases dispensáveis.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Panem et Circenses

Roma Antiga. Uma grave situação econômica trazia consigo diversos problemas sociais. Com receio de que os indivíduos se rebelassem contra a atuação dos governantes e exigissem melhores condições de vida, o imperador da época acabou criando uma política onde o objetivo principal era evitar a revolta da população através da distração da mesma, para que esta esquecesse as intempéries enfrentadas diariamente, como a exclusão e a desigualdade. Era o “Panem et Circenses” ou “Pão e Circo”. A metodologia era simples: Os estádios, como o Coliseu, eram, diariamente, palco de espetáculos sangrentos de gladiadores, ao mesmo tempo em que havia a farta distribuição de pão e trigo.

Acredita-se, portanto, que o “Pão e Circo” foi uma tática que conseguiu subverter as diferenças sociais e econômicas por meio do assistencialismo. Diz-se que a instituição desta política foi realizada com o intuito de reter a insatisfação da população menos favorecida, onde esta era ludibriada com a concessão de favores e diversão.

Sabe-se ainda que a medida romana não atingia a totalidade da população, que, na época, era comporta mais de um milhão de habitantes. Uma pequena parte dessa população tinha direito aos benefícios do Estado, e nem todos os plebeus tinham como acessar as arenas onde os espetáculos aconteciam.

Qualquer semelhança com o Brasil atual é mera coincidência. A “estratégia da diversão” continua existindo por aqui. Aliás, estratégias silenciosas para guerras tranquilas são as mais utilizadas. A alienação é promovida por vários fatores, como a programação televisiva, que boicota a realidade e glorifica o assistencialismo. O pão é distribuído na forma de programas, como o Bolsa Família. Estes, que também são conhecidos como agrados ou esmolas, deixam todos que os recebem muito satisfeitos, agradecidos e com um vistoso sorriso no rosto.

O que me assusta nisso tudo, é ter que ouvir no horário eleitoral gratuito que “esse País se preocupa com nós” ou “nós somos importantes para o País”, quando o cidadão se pronuncia em relação ao “pão” dado pelo governo. E, pra ser pior, lágrimas vêm aos olhos do sujeito. Confesso que aos meus também, mas por outro motivo, e ele é simples: Poucas são as vozes que tentam moderar as expectativas populares e muitas, com elevadas responsabilidades, as que as alimentam. Os governos se aproveitam das carências de seu povo para obter crescimento pessoal, em vez de desejarem crescer em conjunto. E, para mim, isso tudo não passa de uma forma de marketing, onde, em troca do pão, o partido ganha mais prestígio e importância perante a sociedade. É clichê, mas ganhar o peixe sempre foi, e sempre será mais fácil do que aprender a pescar. Deplorável.

O povo parece anestesiado. Apesar da corrupção generalizada, do atraso em relação ao resto do Planeta, do abandono escolar coexistindo com milhares de vítimas da exploração do trabalho infantil, das queimadas que destroem nossas florestas e do próprio sistema de distribuição de “peixes”, uma parcela dos brasileiros parece apenas estar preocupada com o próximo participante que irá sair de “A Fazenda”, com quem matou Saulo na novela das oito e quando o dinheiro do Bolsa Família estará disponível. Por quê? Porque estão sendo manipulados. Simples assim. E parece que não se dão conta disso.

Se o tempo que é gasto com alienação fosse preenchido com pensamentos e propostas de luta pela liberdade, existiria uma nova era.

Enquanto não houver o despertar, haverá reféns da própria ignorância. Estes, por sua vez, sempre farão da política brasileira do “Panem et Circenses” um sucesso indiscutível, campeão de bilheteria.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Bons Tempos

12 de Outubro, dia das crianças. Pois hoje eu não poderia deixar de lembrar da minha infância.
Que saudade desse sempre que não volta mais. Saudade de brincar na rua até o sol se pôr. Saudade de assistir Chiquititas e Castelo Rá-tim-bum, brincar de Barbie, montar casinhas e brincar de balanço, escorregador e gira-gira. Saudade até do Kinder Ovo que custava R$ 1.
Mas a maior de todas as saudades, é aquela da felicidade simples movida por desejos mais simples ainda, onde os momentos de escolha, que apareciam pelo caminho, eram extremamente modestos. 


Prazer, Mini-Carina (:


"Children don't stop dancing
Believe you can fly
Away... away"
(Don't Stop Dancing - Creed)

domingo, 10 de outubro de 2010

Coitadismo

Às vezes sou acometida por uma indignação extremamente profunda, pra não dizer visceral, por conta de certos comportamentos e certos modos de lidar com diversas coisas, as quais acabo presenciando. Pois é. É bem isso mesmo. Têm certas coisas que, ultimamente, me deixam meio indignada e causam até repulsão. Uma delas é a síndrome causada pelo vírus "Aedes Demim", conhecida como a "Síndrome do Coitadinho" ou coitadismo.


Os sintomas do paciente acometido pela Síndrome do Coitadismo são bastante peculiares e de fácil percepção. E, além disso, muitos indivíduos sofrem desse mal. É só parar e observar.


O coitadinho se vale de seu estado clinicamente desfavorável como desculpa para a preguiça física e mental, o conformismo, para a negação de sua responsabilidade, para com a involução de seu trabalho e emula, psicologicamente, um pseudo-consolo para justificar, camuflar, alimentar e perpetrar as próprias limitações e erros. O indivíduo que sofre de coitadismo, desenvolve, ainda, uma empatia com o miserável, o pobrezinho, o sofredor e alimenta um repúdio primitivo àquele que consegue vencer, chegar lá e ser considerado o melhor. O coitadinho, portanto, não só acha que não tem condições de crescer às custas de seu próprio trabalho como ainda espera que ninguém mais também o tenha.


O pior de tudo, é que esse tipo de enfermidade cria ilusões de que tudo deveria ser dado sem o menor esforço, bastando, para isso, apenas que o doente desejasse algo. Como consequência, o paciente passa a viver seus dias num estado rancoroso, reclamando de tudo e de todos pela sua má sorte, a qual, obviamente, ele atribui aos demais, menos a si mesmo. Mudando de assunto, é por isso que, atualmente, a política é como é. Os votos vão para aquele que, através de ações muito bem pensadas, conquistam a massa acometida pelo coitadismo e que segue a "Lei do Menor Esforço". Bem, mas isso é assunto para outro dia.


O certo é que não devemos ficar sentados lamentando as mais diversas problemáticas da nossa vida, e muito menos esperar que tudo seja nos dado de mão beijada por pena ou compaixão. Não quero que meu texto pareça um capítulo de livro de autoajuda, mas o que está faltando para algumas pessoas é fazer acontecer, é acreditar na própria capacidade. Acreditar que se pode ir além pelas próprias mãos, pelas próprias ações, pela própria personalidade. Não pelo fato de receber qualquer tipo de benefício que cai do céu, sem mais, nem menos. Somos nós que devemos correr atrás daquilo que almejamos para nossas vidas, além de aceitar tantas outras coisas sem apelar para o coitadismo. Afinal, não somos nós que temos as rédeas da nossa vida? Se não está bom assim, mude. Não sinta-se coitado. Corra atrás. Não se acomode nem espere. Seja o autor da sua própria história e não entregue as rédeas da sua vida a ninguém... NINGUÉM!

sábado, 9 de outubro de 2010

Constante Inconstância

Porque tudo (ou quase tudo) é mutável, inclusive eu.
Como as fases da lua: Nova, crescente, cheia e minguante.
Como o dia que sucede a noite, e esta dá lugar à um novo dia.
Como as estações: O colorido das flores dá lugar ao calor do verão, que cede espaço às folhas do outono, que, por sua vez, abre caminho para o frio do inverno.

Simples assim.

sábado, 2 de outubro de 2010

Arriscando

Todos aqueles que se propõem a voar, a ir além, a superar as expectativas, devem saber que estão sujeitos às intempéries. Mas é preciso, enfim, enfrentá-las. Caso contrário, passamos toda a existência vivendo a rotina tacanha de rastejar, de ficar rente ao chão, arrastando-se devagar e sempre, e tomando o máximo de cuidado para que nada de imprevisível aconteça. Mas será mesmo que fomos feitos para isso? Para, simplesmente, rastejar? Não posso acreditar nessa hipótese, e nem quero. Prefiro supor que a força da coragem ainda existe. E que ela é como um impulso revitalizante, uma locomotiva que nos transporta. Ter coragem é, sobretudo, ter certeza de que a fascinante aventura da vida não perderá os seus mais atrevidos e sedutores momentos.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Sobre o saber e o não saber

Não adv.1. Indic. de negação (antôn.: sim). 2. Partíc. de privação ou ausência, us. com valor prefixal. 3. Negativa, recusa.


Sa.ber v.t. 1. Ter conhecimento ou informação de. 2. Ser instruído; conhecer; compreender. 3. Ter capacidade para; conseguir. 4. Reter na memória; decorar. 5. Ter certeza de. 6. Ter sabor ou gosto. Int.7. Ter conhecimentos; ser erudito ou entendido. S.m. 8. Sabedoria; erudição.


A sabedoria é a qualidade do sábio (obviamente) e, de certo modo, durante nossa vida buscamos sempre ser mais sábios. Talvez a palavra busca não seja a mais apropriada, pois a sabedoria também surge de forma mais espontânea e não premeditada, enquanto as horas passam e os dias ficam pra trás, enquanto enfrentamos as mais diversas situações que aparecem em nosso caminho, enfim, enquanto vivemos.
Então há dois tipos de conhecimento: 1º - Aquele que pode ser adquirido com o estudo, por exemplo. Este conhecimento está contido em livros dos mais diversos assuntos. É o conhecimento que podemos buscar literalmente, que sempre estará lá nos esperando. Basta ter sede pela sabedoria e procurá-la, talvez, numa estante qualquer. É uma sabedoria adquirida de forma tangível. 2º - Aquele que só aparece conforme vamos vivendo. Conforme passamos por certas experiências e, de alguma forma, absorvemos algo de nossas vivências. É a sabedoria que não está ali, estática, nos esperando, e é adquirida de forma intangível. Não está dentro de um livro, de uma revista, de um texto qualquer. Está vagando por aí de forma silenciosa e num profundo sossego, esperando que alguém tropece nela.
E essa tal de “sabedoria não premeditada” não se apresenta para todo e qualquer indivíduo. Aliás, pode até ser que sim, mas nem todos conseguem observá-la em seu movimento silencioso. Talvez por falta de consciência ou reflexão, mas ainda acredito que o problema esteja no tato, e então não se tem habilidade para sentir a verdadeira forma das coisas, a textura e a temperatura. Sem rodeios, o tropeço não é, e nunca será, sinônimo de aprendizagem.
Embora os dois tipos de conhecimento nos tornem indivíduos instruídos e, além disso, nos enriqueçam como ser humano, ainda existe algumas coisas que eu não queria saber e outras que eu nem queria sentir. Digo isso em relação à informações, bem como às silenciosas lições que a vida nos ensina. Queria pensar menos, na verdade. Queria sentir menos também. Excesso de consciência talvez não seja um triunfo que mereça aplausos veementes e ovação, e sim um masoquismo mais do que desnecessário. O saber tem suas vantagens, mas o não saber também tem as suas. E eu optaria por não saber, às vezes.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Curingas

"Um curinga é um pequeno bobo da corte; uma figura diferente de todas as outras. Não é nem de paus, nem de ouros, nem de copas e nem de espadas. Não é oito, nem nove, nem rei e nem valete. É um caso à parte; uma carta sem relação com as outras. Ele está no mesmo monte das outras cartas, mas aquele não é seu lugar. Por isso pode ser separado do monte sem que ninguém sinta falta dele."
O curinga, uma figura tão diferente de todas as outras. Não pertence a nenhuma "família", e, por isso, não é tão comum assim quanto as outras cartas. Mas será que sua falta não é sentida? Será que o curinga do jogo não tem sua função específica? Será?
Como escreveu Jostein Gaarder, "'- Há sempre um curinga que não se deixa iludir. Quem quer entender o destino, tem de sobreviver a ele.'" Pois bem, assim acredito que essa história de curingas pode ser muito bem relacionada à nossa vida e às pessoas que nela existem (isso porque metáforas sempre caem bem para explicar o inexplicável).
Assim como existe o curinga que é uma figura tão diferente das outras, que não se deixa iludir e que é um caso á parte, também existem pessoas "curingas". Pessoas estas que não permitem que o mundo estacione, que fazem a vida e todos seus significados continuarem. E elas fazem a diferença sim. Questionadores, filósofos, sem acomodações de qualquer espécie. Figuras únicas.
Por outro lado, também existem aquelas pessoas "carta 'normal' de baralho". Aquelas que não nos causam nenhuma sensação. Que não se perguntam sobre as ocasionalidades desse mundo. Não sentem. Apenas existem e não possuem uma tonalidade inquietante e brilho questionador. Paus, ouros, copas e espadas têm de monte. E de monte mesmo, assim como num baralho.
A única certeza é que "(...) um curinga continua perambulando pelo mundo. E ele se encarregará de não permitir que o mundo se acomode. A qualquer momento, em qualquer parte, pode aparecer um pequeno bobo da corte usando um barrete e uma roupa cheia de guizos tilitantes. Ele nos olhará nos olhos e perguntará: Quem somos? De onde viemos?"
Nem tudo o tempo reduz a pó. Sempre haverá um curinga fazendo seus "malabarismos"... E que bom!

sábado, 25 de setembro de 2010

Primavera (em duplo sentido)


A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, que alguns duvidem, mesmo que não se acredite no calendário ou nem se tenha um jardim para recebê-la.
Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não fica esquecida num branco e gelado inverno.
Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independente deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu.
E, então, os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos. Os ouvidos que, por acaso, os ouvirem, não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora, se entendeu e se amou.
A inclinação do sol marcará outras sombras.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Olhos

Cores e formas. A escuridão constante.
As coisas como elas são. Um passo para o abismo.
Verdade extravagante, no entanto, absoluta. Falta de tato, consistência e temperatura.
Consciência real escancarada. Verdades escaldadas postas em escanteio.
Abertos, vendo de cima a verdade indomável e buscando um subterfúgio do destino. Aceitação.
Fechados, uma muralha capaz de impedir célebre exatidão.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Do Coração

A guerra parece estar perdida, ao passo que o sentimento de conformidade se espalha pelo ar. É assim. Mesmo que aparente ser injusto, é assim. Você pensa em mil e um motivos, repensa atitudes, quer tentar outra vez. Nada. O silêncio é o que sobra. Cruel silêncio onde o único barulho são as batidas do seu coração e a respiração, às vezes profunda. Talvez mude. Talvez não. Talvez entre para o esquecimento. Talvez não. E, entre tantos “talvezes”, é necessário continuar caminhando. Errando. Machucando-se. Acertando às vezes. Isso porque o fim de cada caminhada é incerto. Escolhe-se o caminho, mas o fim dele é um mistério até que o alcançamos. Um precipício. Um muro. Uma escada. Um jardim florido. Possibilidades múltiplas. E, mesmo sabendo que o final pode ser o pior, você prefere continuar escolhendo caminhos. Prefere continuar caminhando. Prefere continuar vivendo. Abandona projetos sem futuro e continua... Direito, esquerdo, direito, esquerdo. O sentimento de derrota e o cansaço se exteriorizam. Você sabe que já tentou o suficiente. Que já mostrou o caminho. Que deu a direção. Agora é hora de partir e cuidar daquilo que realmente importa: A primeira pessoa do singular.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Lembranças: Resquícios inanimados do passado

Lem.bran.ça s.f. 1. Ação ou efeito de lembrar (-se). 2. Memória; recordação; reminiscência.

São tantas. Todas são formadas por vivências. Vivências as quais subentendem-se relações. E é isto que forma o que somos. Eu sou o resultado do que escolhi absorver em relação às circunstâncias que vivi, pessoas que encontrei, momentos que existiram. E é isso que forma as minhas lembranças, estas sendo agradáveis ou não.

Têm as boas, mas também têm as ruins. Têm aquelas das quais sentimos saudades, que daríamos tudo para não ser uma simples lembrança: um amigo; um dia especial; um pequeno momento perdido nas incontáveis horas vividas; um sentimento, talvez. Têm as outras pelas quais pagaríamos para serem apagadas da nossa memória: um amor mal resolvido, de repente; uma daquelas “derrotas” que existem em qualquer jornada; pessoas (ah, as pessoas... às vezes queremos esquecê-las mesmo); coisas “mornas” que não causam nem dor, nem alegria, e, por isso, não merecem fazer parte de nossa biografia.

O fato é que, embora sempre se queira apagar algo da memória, esse algo fica, fica e fica. Sem dúvida há alguma explicação científica para tal fato. Não me pergunte por que as coisas são assim. Eu também lembro de muitas coisas que quero esquecer. Como seria fácil se pudéssemos apagar as lembranças da mente, como se apagam arquivos de um Pen drive: Procure o arquivo, clique com o botão direito, excluir, sim e fim. Simples, rápido e prático. Mas não é assim.

Hora é um sentimento de falta que aparece quando algumas fotografias perdem seu lugar na gaveta e são apreciadas. Hora é uma tristeza imensa por não poder ter realizado tudo que se queria como alguma personagem que apareceu, por hora, em nosso caminho... Um sentimento de “missão não cumprida”; de que algo faltou: Um sabor. Um cheiro.

Às vezes o sentimento provocado por lembranças é tão bom, mas tão bom mesmo, que queríamos poder voltar no tempo e viver tudo de novo, bem devagar, com a mínima pressa, apreciando cada milímetro, cada segundo, de forma intensa. Intensa, viva, ativa, veemente. Ou queríamos poder criar um replay para que tudo se repetisse no presente. Nem sempre é possível. Querer não é sinônimo de poder.

E, enquanto for assim, vamos nos satisfazendo com as lembranças, que nos são possíveis. Vamos tentando esquecer algumas, ao mesmo tempo em que apreciamos recordar de tantas outras. E os dias passam, as horas ficam para trás. Novas vivências condicionam novas lembranças. É uma bola de neve.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Presente Figurado

Início e grandeza. Mesmo mal te conhecendo, sofria de uma urgência de falar o quanto eu aprendi nesses poucos anos, o tanto que eu carreguei de bagagem, como alguém que volta de uma viagem cansada, mas ainda tem força pra mostrar as fotos. Eu te chamei, disfarçando essa inocência com algum conhecimento adquirido ao longo do tempo. E ostentando um resquício de orgulho, exibi meus valores, princípios e tudo aquilo que me fazia pensar ser uma mulher relativamente vivida. E você respondeu com silêncio. Um silêncio de alguém que escuta, atento, uma informação que na verdade poderia continuar não dita. Dedicado em interpretar cada palavra, gesto e tom de voz, você me deixou falar quando ninguém mais no mundo me ouvia...

Tristeza. Como uma criança que acabou de cair da bicicleta, eu vim correndo te mostrar o machucado. Exposto, ardendo, fazendo companhia a uma porção de cicatrizes. E, mesmo sabendo que ele, assim como todos os outros, iria fechar com o tempo, eu quis que você olhasse. Eu contei minha novela triste, aumentei o teor do drama. Me fiz de vítima, entregue, cansada. E você, outra vez, respondeu com silêncio. Esse silêncio confortável que só existe quando a minha cabeça encosta no seu ombro. Um silêncio que cuida, faz o tempo passar, diz mais do que qualquer conversa de regeneração. Preocupado em fazer o resto do caminho valer à pena, você colocou um abraço ao meu redor, e eu voltei a pedalar em segurança quando já achava que nem tinha porquê seguir...

Alegria. Queria te contar do quanto ainda me admirava descobrir algo tão doce, quando todos os doces já me pareciam amargos. Eu quis te falar do sol que eu vejo mesmo quando fica nublado, do tanto que o meu peito se aquece mesmo nesses dias de inverno. Quis avisar do quanto o tempo me surpreende, de como o contraste da vida aumentou, do quanto cinco dedos entrelaçados aos meus fizeram tudo ser possível. Você me abraçou e me fez dançar na chuva. Riu dos meus defeitos e me levou com o guarda-chuva até o carro. Acordou-me com café da manhã na cama e descobriu a melhor maneira de abraçar alguém enquanto dorme.

Final. O sol brilhou, ao mesmo tempo em que nuvens negras tomaram conta do dia. E aí fui eu que calei. Porque quando não sou eu que falo, quando o meu coração palpita e eu calo, é você que fala em mim.

Ah, se desejos para estrelas virassem realidade...

sábado, 3 de julho de 2010

A origem do nosso Planeta e da vida: Nibiru (Planeta X), Anunnaki e afins

Já que são as perguntas que movem o mundo e não as respostas, hoje posto um texto que conta a origem do nosso Planeta de forma diferente das quais estamos acostumados a ouvir. Que fique claro que, de forma alguma, tenho a pretensão de afirmar alguma coisa.
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O maior especialista vivo, em cultura suméria, é o historiador e arqueólogo Zecharia Sitchin nascido na Rússia e criado na Palestina, onde adquiriu profundos conhecimentos de arqueologia e história oriental. Formado em história pela Universidade de Londres, é um dos poucos estudiosos do mundo capacitados a traduzir a escrita cuneiforme, característica das civilizações mesopotâmicas, trabalhou como jornalista e editor em Israel e atualmente é escritor e consultor da NASA.

Sitchin tem traduzido massivamente, ao longo de sua vida, os escritos de mais de 2000 placas sumérias encontradas em suas pesquisas arqueológicas. E tem escrito inúmeros livros contendo essas traduções e sua interpretação sobre o assunto. Basicamente, o legado do conhecimento sumério revela que a Terra, teve origem através da colisão de dois gigantescos corpos celestes, Nibiru e Tiamat. Os escritos afirmam que Nibiru, um planeta avermelhado (Que já foi avistado pela NASA e atualmente vem sendo chamado de “Planeta X") foi desviado de um sistema binário, há milhões de anos, e capturado pela gravidade do nosso Sol. Esse planeta viajou em nosso sistema solar, abaixo da elíptica, passando por Netuno e Urano. Como seu campo magnético era muito intenso, ele deslocou Urano para seu lado quando passou por ele. Naquela época não havia o planeta Terra, mas sim um outro planeta, muito maior, Tiamat, coberto quase que só de água. Durante a trajetória, as luas de Nibiru atingiram Tiamat dividindo-no em duas partes, pulverizando a metade onde ele foi atingido (criando o cinturão de asteróides entre Marte e Júpiter) e empurrando a outra metade para uma órbita mais baixa, a atual órbita da Terra. Durante esse processo, uma das luas de Nibiru foi capturada pela gravidade da Terra, e se tornou o nosso satélite. A primeira passagem de Nibiru foi responsável pela atual configuração do nosso sistema solar. Plutão era uma lua de Saturno que foi arrancada de sua gravidade e empurrada para a sua atual órbita. Em Fevereiro de 2000, chegava ao fim a "Missão Near" (sonda Near) da NASA, chefiada pelo Dr. Cheng, confirmando esta gigantesca trombada celeste no início do nosso sistema solar (catastrofismo).

Nibiru tem um período órbital de 3600 anos se comparado com a Terra e orbita dois sóis. Os sumérios descreveram-no como sendo quatro vezes maior do que a Terra, de cor avermelhada, e responsável por grandes catástrofes, no nosso Planeta, durante suas passagens através de nosso sistema solar. Eles explicam que a aproximação desse Planeta foi a causa do dilúvio citado na Bíblia, devido a um deslocamento polar na Terra. Os estudiosos do legado sumério, têm se questionado como seria possível que uma civilização tão antiga tivesse informações tão precisas sobre astronomia, numa época onde supostamente não havia equipamentos tecnológicos? A resposta está no trabalho de Zecharia Sitchin. O conhecimento sumério, sobre o sistema solar, só poderia ser obtido por meio de uma fonte externa. Que fosse capaz de viajar pelo espaço e observar esses eventos. A dimensão do trabalho de Sitchin é tão importante que ele foi consultor pessoal dos generais norte-americanos Colin Powell e Norman Schwarzkopf, durante a guerra do Golfo. Powell, que posteriormente se tornou Secretário de Estado, tinha um particular interesse na organização militar dos sumérios. Coincidência ou não, nos últimos quinze anos as campanhas militares norte-americanas se tornaram extremamente intensas na região que foi o berço da civilização suméria.

As placas sumérias tem informações precisas sobre os planetas do sistema solar. O mais impresionante são os dados sobre Plutão (planeta que só foi descoberto em 1930). Eles sabiam o tamanho de Plutão, sua composição química e orgânica e afirmavam que Plutão era na verdade um satélite de Saturno que se "desprendeu" e ganhou uma nova órbita. Eles chamavam a Lua de pote de chumbo. Durante o programa Apolo, a NASA confirmou esse dado. Esse conhecimento seria possível há 3.000 anos atrás? Em 1983, o Satélite Astronômico Infravermelho (IRAS) fotografou um grande objeto na imensidão do espaço. O astro seria tão grande quanto Júpiter e provavelmente poderia fazer parte do nosso Sistema Solar. Em 1987, a Agência Espacial Norte-Americana (NASA) anunciou oficialmente que admitia a provável existência do chamado Planeta X. Em uma conferência realizada no Centro de Pesquisas Ames, na Califórnia, o pesquisador John Anderson declarou: “Um décimo segundo planeta pode estar orbitando o Sol. Sua localização seria três vezes a distância entre o Sol e Plutão”. A questão é delicadíssima. De um lado temos escritos de milhares de anos sobre a formação da Terra, com informações precisas e riquezas de detalhes, traduzidos pelo maior especialista em civilização suméria e de outro lado temos a discreta confirmação dessas informações pela maior agência espacial do mundo.

A questão da origem do planeta Terra e da humanidade é, de fato, extremamente delicada, porque ameaça completamente o mainstream social moderno (pelo menos nas sociedades ocidentais). A humanidade é guiada pela ciência e/ou pela religião. Pelo empirismo ou pela fé. Entretanto, tanto um como o outro se tornaram instrumentos de poder para grupos poderosos interessados em dominar as grandes massas populares. Sistematicamente, os dois extremos têm ocultado ou distorcido, ao longo da historia, informações sobre a origem do homem no Planeta. No campo científico, homens como Charles Darwin concordam que o homem evoluiu progressivamente e naturalmente de um tipo de antropoide. Essas afirmações foram baseadas nas observações e pressuposições de Darwin, que em suas viagens de estudos pelo mundo, desenvolveu a ideia de que um processo de seleção natural era responsável pelas mutações das diversas espécies de animais, para se adaptarem as mudanças geofísicas sofridas pela Terra no passado. Até aí tudo coerente, porém Darwin, precipitadamente concluiu que os seres poderiam sofrer qualquer transformação para se adaptarem. Para ele um lêmur voador poderia se transformar em um morcego, sobre uma determinada circunstância: - "Não vejo qualquer dificuldade em acreditar na possibilidade de que a seleção natural possa desenvolver a membrana no lêmur voador, até transformá-la num verdadeiro membro alado, à semelhança do que deve ter ocorrido com o morcego". Seguindo essa linha de pensamento ele concluiu que um símio poderia ter perdido os pêlos, a cauda, ter erguido a coluna vertebral, ficado inteligente e se tornado homem de maneira natural. Atualmente o Darwinismo também tem sido chamado de "teoria da origem inferior das espécies". A antítese ao evolucionismo de Darwin é a teoria da origem superior das espécies, uma variação da teoria criacionista, baseada nas descobertas de fósseis humanos descomunais e ruínas de construções megalíticas, encontrados em várias partes do mundo. O pesquisador suíço Erich Von Däniken foi um dos primeiros defensores modernos, da teoria da origem superior. Tendo viajado meio mundo e dedicado boa parte de sua vida ao estudo das civilizações antigas, como os sumérios, babilônios, hindus, incas, maias e astecas, Däniken é pioneiro na abordagem técnica sobre a influência de seres extraterrestres no desenvolvimento da vida na Terra. À despeito de inúmeras difamações e ataques sofridos, escreveu diversos livros, entre os quais o clássico "Eram os Deuses Astronautas?", enfatizando sistematicamente que as mutações fisiológicas, além do fator "inteligência", foram introduzidos no hominídeo ancestral, via engenharia genética, resultando no homo-sapiens. E todo o processo civilizatório foi igualmente, introduzido pelos mesmos seres, supostamente superiores, gradativamente. Däniken, através de seminários e palestras, foi o primeiro pesquisador a confrontar o sistema e expor publicamente essa linha de pensamento. Seus trabalhos, muito ricos em detalhes, são referências obrigatórias para quem estuda esse assunto, sendo, inclusive mencionados por Sitchin.

Segundo os sumérios, essa raça de extraterrestres eram os Anunnaki (Os Do Céu Que estão Na Terra), que mais tarde foram chamados de Elohim (Senhores do Céu). Humanóides gigantes vindos do planeta Nibiru e que devido à problemas no seu ecossistema, decidiram iniciar um processo de colonização no nosso planeta, por volta de 450 mil anos atrás. A primeira expedição Anunnaki, liderada pelo mega-cientista ENKI (Senhor da Terra), aterrisou na região do Golfo Pérsico, onde estabeleceu a primeira base de operações: ERIDU (Lar Longínquo Construído). O plano original era extrair ouro do mar, o que de fato foi feito, mas à medida que esse processo foi ficando inviável, a única alternativa foi extrair o minério do sudeste da África, que já havia sido explorada por ENKI. Sem perda de tempo ele partiu para o continente africano, com uma equipe e ergueu o complexo ABZU. O ouro obtido nas minas da região iria ser transportado em embarcações até a Mesopotâmia, para derretimento e refinamento. Em seguida os lingotes eram enviados, através de uma nave de carga até uma outra nave que ficava orbitando a Terra, aguardando a chegada periódica de uma nave-mãe que levava o precioso metal para Nibiru, para ser usado como partículas suspensas, na atmosfera, a fim de conter o avanço de um fenômeno semelhante ao efeito estufa.

A ampliação das atividades de mineração, trouxe uma segunda expedição liderada pelo comandante ENLIL (Senhor do Comando), meio-irmão de ENKI e logo os Anunnaki ergueram um gigantesco complexo logístico nas imediações do Monte Ararat. ENKI e ENLIL eram filhos do governante de Nibiru, ANU (Senhor das Alturas) e rivais, devido ao fato de que, mesmo sendo primogênito, ENKI não era o primeiro na linha de sucessão do trono nibiruano, mas sim ENLIL. Posteriormente uma terceira missão foi enviada, liderada pela médica-geneticista NINTI (Senhora da Vida), meia-irmã dos dois líderes, acirrando a disputa entre eles. Contudo, ao longo do trabalho dos Anunnaki, que já eram aproximadamente 600 na Terra, além de mais 300 em órbita, uma série de conflitos culminaram em um motim, durante uma inspeção de rotina, nas minas africanas. Os Anunnaki, astronautas e cientistas, improvisados como operários mineradores, reclamavam das tarefas designadas. Pressionado, ENLIL informou a ANU sobre a revolta e se dispôs à abandonar o comando da missão e retornar ao seu planeta. Uma corte marcial foi instaurada e ANU, tendo vindo à Terra, exigia que os líderes do motim se revelassem. Ouvindo os depoimentos, ANU concluiu que o trabalho era realmente muito duro e as reivindicações dos Anunnaki eram justas. Mas como interromper a mineração do ouro? O equilíbrio do ecossistema de Nibiru dependia do metal. ENKI, imediatamente ofereceu uma solução genial. Ele informou que no sudeste africano, vagava um ser que poderia ser treinado para executar o trabalho de mineração e desde que a "marca dos Anunnaki" (DNA) pudesse ser colocada nele. ENKI se referia à uma espécie de hominídeo que tinha evoluído naturalmente na Terra, mas que ainda estava num nível evolucionário extremamente distante do atingido pelos habitantes de Nibiru, não obstante ENKI sabia que esse primata, assim como todos os seres da Terra, possuíam material genético compatível com os de Nibiru, porque aqui a vida teria se iniciado com esporos orgânicos trazidos de lá, após a colisão com Tiamat. Esse tipo de fenômeno, denominado de Panspermia Cósmica, segundo cientistas de vanguarda, é comum nas galáxias, podendo ocorrer de forma acidental ou dirigida, como fizeram os Anunnaki.

Na unidade médica de ABZU, ENKI e NINTI concluíram que poderiam extrair o óvulo de uma fêmea primata, fertilizá-lo, in vitru, com o espermatozóide de um macho Anunnaki e implantá-lo no útero de uma fêmea Anunnaki. Após muitas tentativas e erros, estava criado o modelo perfeito do homo-sapiens. O processo foi repetido várias vezes, formando a primeira geração de híbridos humano-alienígenas, na Terra, que contudo eram estéreis. E à medida que os LULU (Trabalhadores Primitivos) eram desenvolvidos e encarregados no trabalho de mineração na África, os Anunnaki que trabalhavam na Mesopotâmia começaram a invejar os seus colegas e a clamar pela presença de humanos naquela região. Apesar das objeções de ENKI, ENLIL apoderou-se de um grupo de terráqueos e os levou para a principal base do Golfo Pérsico, ERIDU.


"Iahweh (ENLIL) tomou o homem e o colocou no Jardim do Éden para cultivar e guardar" - Gênesis


A característica de longevidade do relógio biológico dos Anunnaki, onde 1 ano corresponde à 3.600 anos terráqueos, não foi inicialmente introduzida no material genético da primeira geração de humanos, que envelhecia rapidamente e tinha vida curta, o que levou ENKI a aperfeiçoar a manipulação genética dos híbridos, usando seu próprio esperma. Ele e NINTI desenvolveram um outro "modelo perfeito" de terráqueo, um macho que foi o primeiro representante da raça adâmica. O ADAMU ou ADAPA (Aquele Nascido na Terra) possuía alto grau de inteligência e longevidade maior. Em princípio, os primeiros híbridos machos e fêmeas eram estéreis e foram gerados no útero de NINTI e das enfermeiras voluntárias de sua equipe médica. Sitchin ressalta que durante as muitas tentativas e erros dos dois cientistas nibiruanos, para a criação do "humano ideal", várias espécies de mamíferos, anfíbios, répteis, aves e peixes, foram utilizados como doadores de material genético. O resultado dessas ousadas experiências foram seres antropomórficos, de aspecto exótico ou monstruoso, que ficaram conhecidos, ao longo da história, como quimeras (centauros, cíclopes, hárpias, tritões, sereias, minotauros, hidras, górgonas, sátiros, etc). Criaturas que possuíam cabeça e tronco humanos e membros inferiores de animais ou as vezes, o inverso, ou uma bizarra combinação de ambos ou de vários animais, ou ainda seres humanos com dois pares de membros superiores. Algumas placas sumérias com anotações de ENKI, à respeito dessas experiências, revelam que muitos tinham sérias disfunções biológicas, mas outros se adaptavam bem e desenvolviam, inclusive alto grau de inteligência. Ao contrário do que se pensa, esses seres não eram meros mitos, mas sim resultado de avançada engenharia genética. A ciência moderna, secretamente, tem dado os primeiros passos em direção à essas atividades (Por exemplo: Transplante de órgãos de animais em seres humanos). O fato é que esses seres fantásticos conviviam com os humanos criados pelos Anunnaki, e foram citados em muitos textos de civilizações antigas, principalmente as greco-romanas e indo-européias. Alguns deles ficaram famosos em seus tempos, como a górgona Medusa, o sátiro Pan e o ser minotauro, da ilha de Creta, ou o homem-pássaro hindu Garuda. Inicialmente eram considerados semi-deuses, mas à medida que as civilizações iam ficando mais sofisticadas, esses seres passaram a ser vistos como ameaças e foram perseguidos e combatidos por homens como Gilgamesh, Perseu e Hércules.

À despeito das quimeras, o projeto do homo-sapiens foi bem sucedido, mas a primeira geração de híbridos não procriava, então ENKI decidiu criar clones modificados, utilizando o DNA mitocondrial de sua esposa NINKI (Senhora da Terra) combinado com o DNA do tecido retirado de ADAMU, criou uma fêmea apta para procriação. Sendo assim "Adão e Eva", do livro do Gênesis, receberam o "fruto do conhecimento", ou seja foram iniciados no conhecimento sobre procriação, além de outros assuntos. Sitchin diz ainda, que o mito da "serpente tentadora" do Éden, se refere ao termo "Nahash" (Portador do Conhecimento), um dos muitos epítetos de ENKI, que enalteciam suas habilidades científicas. O brilhante Anunnaki possuía um cajado de metal, em forma de haste circundado por duas serpentes, em referência a dupla hélice do DNA humano. Esse símbolo, o Caduceu, foi adotado pela Medicina em todas as épocas. O fato é que ENKI e NINTI eram brilhantes cientistas e dominavam plenamente a ciência da manipulação genética, se referindo à ela como a ciência da "Árvore da Vida". Sitchin revela uma curiosidade interessante: A palavra "mãe" se originou de MAMI, um dos epítetos suméricos de NINTI, a Senhora da Vida.

"Com amplo entendimento ele o aperfeiçoara...
Para ele dera o Conhecer...
A vida eterna não lhe concedeu" - Gênesis


ENLIL, além de comandante e administrador, também tinha profundos conhecimentos científicos em engenharia genética mas era totalmente contra a sua aplicação em seres humanos e animais, só tendo permitido as experiências de ENKI porque o ecossistema de Nibiru dependia do sucesso delas. ENLIL fazia uso dos seus conhecimentos somente para modificação de sementes e grãos de vegetais e ENKI, além das experiências com os humanos, modificava animais que seriam usados para alimentação ou produção, como vacas e ovelhas. Não é possível afirmar se ENLIL realmente era contra as experiências com humanos, por valores morais ou somente para rivalizar o irmão. Ele sempre mantinha ANU informado sobre tudo que ocorria na Terra, que curioso para ver o resultado do trabalho de ENKI e NINTI, ordenou que ADAPA fosse levado à sua presença. ENKI, temia que este consumisse alguma substância, que aumentasse o seu ciclo biológico e o induziu à evitar os alimentos que lhe fossem oferecidos, contudo, ANU, surpreso com a perfeição da "criação", quis que o ADAPA fosse mantido em Nibiru, mas ele acabou sendo trazido de volta à Terra e ficou temporariamente sob a guarda de ENLIL, na base EDIN/Éden (Lar dos Justos), no Oriente Médio. Eventualmente ADAPA e sua fêmea começaram a amadurecer sexualmente e esse fato irritou profundamente ENLIL que sempre se opunha aos planos de ENKI e tomado pela ira, os expulsou da base. Eles retornaram para a base africana ABZU e começaram a reproduzir. Sua prole era então clonada por ENKI para acelerar e ampliar a descendência e as gerações futuras geravam mais e mais humanos de agradável aparência física e portadores do gen de longevidade Anunnaki, embora vivessem bem menos que eles. Mas ainda assim atingiam idades fantásticas para os padrões biológicos atuais.
Os textos do Antigo Testamento falam que os homens das primeiras gerações adâmicas, viviam centenas de anos e em alguns casos quase atingiam a idade de 1000 anos, como exemplo, Matusalém, Noé e Enoque, que foram alguns dos principais patriarcas pre-diluvianos. Mas Sitchin faz uma revelação perturbadora: Segundo ele as primeiras civilizações humanas aprenderam a fazer cálculos baseados numa média orbital entre Nibiru e a Terra. Como os Anunnaki controlavam o seu tempo baseado na órbita do seu planeta, os homens foram instruídos a fazer cálculos com esse referencial. A primeira grande civilização pós-diluviana, a sumérica, dominava o complexo sistema matemático elaborado pelos Anunnaki, para aplicação na Terra, onde o dígito 1 correspondia à 60 unidades (o atual sistema cronográfico onde 1 h. = 60 min. = 3.600 seg. é baseado nesse modelo), portanto o ciclo de vida dos primeiros homens adâmicos, seguindo esse padrão, poderia ter durado alguns milhares de anos. Essa característica genética foi mantida até as primeiras dinastias egípcias, quando então começou a se deteriorar, porque o próprio relógio biológico dos Anunnaki ficou debilitado pela vida neste planeta.
Sitchin faz uma observação, em seus livros, à respeito da raça adâmica e da origem do nome Adão: Ele admite que possivelmente não havia um indivíduo assim chamado, mas de fato o primeiro modelo ideal do homo-sapiens ficou famoso entre os Anunnaki e os homens da Terra, porque foi a primeira matriz biológica e porque gozava da proteção de ENKI, que o chamava de ADAPA (Nascido na Terra). Se de fato ele foi clonado, é possível que em determinado momento o termo passou a se referir a toda a primeira geração de homens. Sendo assim, é provável que algumas citações históricas distorceram o termo ADÃO/ADAMU/ADAPA para o singular, assim como foi feito com a palavra Elohim ("deuses" e não "Deus").

Ao longo dos milênios as gerações de humanos, deixavam de ser apenas trabalhadores ou escravos nas minas. Eventualmente aprendiam novas tarefas e logo cozinhavam, dançavam, tocavam músicas, eram instruídos em todas as ciências e até construíam "casas" para os "deuses", que eles chamavam de "templos". Logo o objetivo central da missão, foi desaparecendo e os Anunnaki pareciam se agradar daquela excelente vida na Terra. Porém, como havia poucas mulheres nibiruanas na Terra, muitos Anunnaki se sentiram atraídos pelas fêmeas humanas e começaram à tomá-las por suas mulheres: "Quando os filhos dos deuses viram que as filhas dos homens eram bonitas, as tomaram como esposas". Desse cruzamento nasceram os híbridos gigantes, os chamados nefilins, anakins, refains ou titãs. Sitchin afirma que, segundo os sumérios, a estatura média dos Anunnaki é de 3,5 a 4m atingindo até 7m e que seus descendentes titãs mantiveram esse nível. O fato é que em alguns milênios eles acabaram organizando os homens em centros urbanos e os instruíam em todos os seguimentos possíveis, gerando então poderosas civilizações. Däniken, em seus estudos, cogita a possibilidade das lendárias civilizações da Lemúria e Atlântida, terem sido as primeiras erguidas por esses seres, que conviviam com a humanidade, e foram adorados como deuses e semi-deuses.

Porém, em certo momento as relações entre homens e Anunnaki ficaram comprometidas por ódios e paixões, levando-os à toda sorte de comportamentos bizarros, que se agravavam mais ainda pela aproximação do planeta gigante Nibiru, que já estava causando terríveis mudanças no clima agradável do planeta e logo os flagelos naturais somados às perturbações sociais, causaram a deterioração moral daquela sociedade híbrida. Esses fatos irritavam seriamente ENLIL que estimulava cada vez mais a desconfiança em ANU e nas altas hierarquias Anunnaki, que já repudiavam o comportamento dos alienígenas nesse planeta. Cedendo a pressão de ENLIL, ANU ordenou que os chefes Anunnaki se reunissem em conselho para julgarem a humanidade e decidirem o que deveria ser feito, como punição. Aproveitando a nova passagem de Nibiru, pelo nosso sistema solar, que causaria um cataclisma na Terra, ENLIL e ANU votaram por deixar a humanidade ser dizimada. Essa decisão acabou aceita pela maioria do conselho, mas sob protestos veementes de NINTI e ENKI. O fato é que preveleceu a pressão e o poder de persuasão de ENLIL sobre ANU que obrigou o conselho à prestar juramento de que não alertaria os homens quanto à catástrofe iminente. A grande verdade é que o transtorno planetário, foi usado por ENLIL para fazer uma "limpeza racial" na Terra porque não admitia a miscigenação entre os Anunnaki e os terráqueos.


"Viu o Senhor que era grande a maldade do homem na terra, e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era má continuamente. Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração. E disse o Senhor: Destruirei da face da terra o homem que criei, tanto o homem como o animal, os répteis e as aves do céu; porque me arrependo de os haver feito" - Gênesis 6:1, 7.


Inconformado e temendo pela sua obra, ENKI designou, secretamente, um homem, de nome sumério ZIUSUDRA (Noé ou Noah, em hebraico), para reunir grupos de humanos e espécies animais diferentes, que seriam salvas das inundações do planeta causadas pelo deslocamento dos pólos, devido à aproximação de Nibiru, em uma nave submarina submergível desenvolvida por ele, para essa finalidade. ENKI elaborou ocultamente um plano de sobrevivência para os seres selecionados por ZIUSUDRA, pois não ousava desafiar seu pai ANU, nem as hierarquias de Nibiru. Sem tomar conhecimento do seu plano , os Anunnaki evacuaram a Terra e de suas naves estacionadas na órbita do planeta, observaram o desastre e se entristeceram, sofrendo pela destruição daquela grandiosa obra e amargurados por terem abandonado os humanos ao terrível cataclisma. Com a passagem de Nibiru, duros tempos se iniciaram na Terra.

Um detalhe curioso, revela o grau de comprometimento de ENKI com a humanidade naquele momento: Tendo sido obrigado a prestar juramento, ele não podia revelar aos homens sobre o perigo iminente e nem ajudá-los, mas incorfomado com a situação encontrou uma peculiar maneira de alertar pelo menos um pequeno grupo. Nos tabletes sumérios, referentes ao episódio do dilúvio, é mencionado que ENKI tinha ciência que não podia contar aos homens, mas nada o impedia de "falar com as paredes". Uma noite ele se aproximou da casa onde morava ZIUSUDRA, se detendo do lado de fora perto do aposento onde este dormia, e falando alto ou através de algum aparelho, propagou sua voz pelo local dizendo: "Parede, o teu senhor ENKI te ordena que construa uma embarcação, reúna quantos familiares e agregados puderes, abandona tuas posses e salva tua vida, pois os elohim conderam a humanidade à morte..." ENKI teria deixado um tipo de relógio regressivo, sensível à oscilações geodésicas e um projeto de construção de um submergível à cargo de um Anunnaki de sua confiança designado para ajudar Noé. Além de ter feito uma seleção de animais e espécies de plantas para redistribuir pelo planeta após o holocausto.

Entre muitos pontos em comum, nos textos de Däniken e Sitchin, um particular chama a atenção: Os dois autores afirmam que no processo de exploração do nosso sistema solar, os Anunnaki teriam construído bases de operações em Marte e nas suas luas e na nossa lua. Nos primeiros milênios após sua chegada à Terra, essas bases teriam servido de "escalas" até Nibiru, durante o período de transporte do ouro extraído aqui e além da mineração na Terra, os Anunnaki também extraíam silício na nossa lua. Sendo assim, Sitchin argumenta que essas bases teriam servido de refúgio para os extraterrestres durante os anos pós-diluvianos, quando o elevado nível dos oceanos não permitia o retorno à Terra.

Quando o nível das águas cedeu e as camadas de lama que cobriam a Mesopotâmia secaram, o suficiente para permitir o repovoamento, os Anunnaki retornaram à Terra e se surpreenderam quando viram os sobreviventes do cataclisma. E num primeiro momento se indignaram quando ENKI revelou ter elaborado o plano de sobrevivência das espécies terráqueas. Contudo, a revolta cedeu lugar ao contentamento, pela possibilidade de reconstruir a humanidade. NANNAR, um dos filhos de ENLIL, recebeu uma extensão de terra que ia do oeste até o Mediterrâneo e ficou encarregado de reconstruir ERIDU, que viria a se tornar Summer ou Suméria e fundando outras, como Ur, a cidade onde nasceu Abraão. Ao filho mais novo de ENLIL, ISHKUR (Senhor das Montanhas Distantes), coube as terras a noroeste. Ásia menor e as ilhas do Mediterrâneo, onde a "realeza" Anunnaki se espalhou, dando origem ao panteão dos deuses greco-romanos. ENKI e seus descendentes, entre eles seu filho NINGISHSIDA (Senhor da Árvore da Vida) ficaram encarregados de reconstruir ABZU, nas terras africanas. De fato, todo planeta foi repartido entre os Anunnaki, que se tornaram as deidades das mitologias indo-européias, asiáticas e andinas. Däniken, menciona que em determinado momento, NINGISHSIDA (chamado de TOTH pelos egípcios), teria ido para a América Central explorar a região dos Andes, juntamente com um grupo de sobreviventes africanos e teria erguido a civilização dos olmecas, que seriam os mentores dos astecas (segundo Däniken, a palavra asteca deriva da raiz az-tlan e se refere aos sobreviventes que vieram das terras da Atlântida). Ele ainda expecula que a base do povo asteca era formada pela descendência de Caim misturada com os exilados atlantes. Sitchin não faz menções sobre a Lemúria e Atlântida, mas as peças acabam se encaixando. No comando dos olmecas e dos astecas, o hábil e engenhoso NINGISHSIDA teria ficado conhecido, como o deus Quetzalcoatl (A grande Serpente Emplumada). ISHKUR, posteriormente, também teria ocupado as terras da península de Yucatán, no México, e ficou conhecido como o deus Viracocha.

As civilizações reerguidas na Mesopotâmia, fizeram várias citações aos Anunnaki e a mais peculiar é a que deu base para a referência bíblica dos "Nefilins, os anjos caídos! Aqueles que desceram dos céus para cruzarem com as mulheres dos homens!" Zecharia Sitchin relata que na sua juventude, durante uma aula de hebraico, sobre o capítulo VI do livro do Gênesis, ousadamente questionou seu professor sobre o termo "gigantes" ser o significado da palavra Nefilim. Sitchin enfaticamente afirmou que mesmo derivando da raiz "nefal" (queda), o significado real seria "aqueles que foram lançados" ou "aqueles que aterrisaram na Terra". Nos anos que se seguiram, à medida que aprendia a língua, a história e a arqueologia do antigo Oriente Médio, os Nefilins tornaram-se uma obsessão. Os achados arqueológicos e a decifração dos textos sumérios, babilônicos, assírios, hitititas, cananitas e outros textos antigos e contos épicos foram progressivamente confirmando a precisão das referências bíblicas à reinos, cidades, governos e culturas na antiguidade. Não havia mais dúvidas de que os Nefilins foram os visitantes da Terra, vindos do céu, num passado distante.


"Esses Nefilins eram os valentes, os homens de renome, que houveram na antigüidade" - Gênesis 6.4


"Antes haviam habitado nela os Emins, povo grande e numeroso, e alto como os Anaquins; eles também são considerados Refains como os Anaquins; mas os moabitas lhes chamam Emins" - Deuteronômio 2.10-11


"Então saiu do arraial dos filisteus um campeão, cujo nome era Goliah, de Gate, que tinha de altura seis côvados e um palmo [2,89 metros]" - 1 Samuel 17.4


Os relatos das civilizações antigas estão repletos de referências à seres de tamanho gigantesco, força descomunal e portadores de tecnologias avançadíssimas, participando direta ou indiretamente nas sociedades humanas. Devido às suas potencialidades, eles foram sistematicamente considerados divindades: Os nefilins da mitologia hebraica, o panteão egípcio, os deuses do Olimpo, cíclopes e titãs da mitologia greco-romana; os suras, asuras e devas da mitologia hindu; os guerreiros do Valhalla da mitologia escandinava não eram outros senão os Anunnaki. Gigantes astronautas de tempos imemoriais, vindos do planeta Nibiru. Particularmente, os sumérios, sempre foram pragmáticos ao explicar de onde eles vieram, porque estavam aqui e porque agiam como agiam.
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E você, em que acredita? Criacionismo, Evolucionismo ou Teoria da Origem Superior? Empirismo, fé ou conhecimentos adquiridos?

21/12/2012 será o "grande dia"? O dia em que Nibiru se aproximará da Terra e provocará a morte de 2/3 de nós, humanos? É este o início da "Nova Era", tão comentada?
Será que existe mesmo vida extraterrestre?

Pesquise, raciocine, reflita, desatrofie seu cérebro.
Lembre-se: São as perguntas que movem o mundo, e não as respostas.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Coisas do inverno

"Inverno é tempo para conforto, para comida boa e calor, para o toque de uma mão amigável e para uma conversa ao lado do fogo: é tempo para casa" - Edith Sitwell

Abaixo, duas fotos do inverno de 2009.
Um agradecimento especial à Aline, que acordou tão cedinho pra fotografar o "nosso" Labirinto coberto de geada e cedeu, à minha pessoa, a foto que ficou tão linda. Obrigada, amiga!


Photo 1: Labirinto Verde - Praça das Flores


Photo 2: Praça localizada ao lado da minha casa

terça-feira, 29 de junho de 2010

Expectativas: meio caminho andado para a frustração

Criar expectativas é um caminho intrincado (pra não dizer um erro). Imaginamos, sonhamos, pensamos, criamos e, por fim, muitas vezes, não concretizamos nossas expectativas. É aí que mora o bichinho da frustração. Da frustração por termos planejado, e a realização não ter se concretizado. Mas é assim mesmo, afinal, quem tem cérebro pensa, e quem pensa acaba, de uma forma ou outra, imaginando situações, sentimentos, momentos, encontros e desencontros.
Muita gente por aí vive criando expectativas (e atire a primeira pedra quem nunca criou alguma). Eu também crio às vezes. São momentos, pessoas, abraços, encontros, conquistas e amores os quais queriamos que fizessem parte do "hall de acontecimentos" da nossa vida. Mas nem sempre pode ser assim. E muitas vezes não pode ser assim. Não adianta culpar o destino ou qualquer figura que não tenha capacidade pra se defender. O caminho não é pronunciar "Deus quis assim". Toda situação é inteira, logo é 100%. Usando uma matemática simples ou a danada da estatística, divide-se 100% ao meio e obtem-se duas vezes 50%. 50% de probabilidade da situação acontecer e 50% da situação não acontecer (Tudo bem que o aparecimento do segundo 50% é mais constante, mas enfim). Portanto, pode SIM não acontecer. E saber lidar com isso nem sempre é fácil.
No entanto, para não se frustrar, muitos humanos buscam viver o momento (e é isso que eu busco fazer também, embora crie expectativas às vezes). Viver aquilo que precisa ser vivido agora, não se preocupando com o acontecerá (ou não) amanhã, aproveitando cada momento, cada uma das situações, sentindo todas as emoções agora. É agora que tudo acontece. Agora que você e eu podemos agir e mudar. Amanhã? O amanhã é incerto. Vamos deixar o amanhã para amanhã e sentir a energia pulsante do hoje. A energia. A vida. O movimento.
Viver o hoje não é ser irresponsável e pouco preocupado com o futuro. É apenas desfrutar o máximo do agora. Do poder que ele nos dá. Não é sinônimo de não sonhar, é apenas sonhar com os pés no chão. É dar o máximo de si sem se preocupar com o amanhã, que pode nem chegar. E, além disso tudo, não criar o bichinho da frustração, com seus poderes ultra maléficos. É viver e não existir, apenas.

domingo, 27 de junho de 2010

Metade

Dedicação e carinho. Companhia nas noites perdidas. Sempre e sempre.
Fim.
Final.
Derradeira separação.
Súbita morte.
Sentimentos infinitos. Motivos de tristeza inesperados. Soluços infindáveis. Lembranças tantas. Choros repentinos.
Passou como um furacão. Me levou ao céu e ao inferno simultaneamente. Foi, ao mesmo tempo, o maior sonho e o maior pesadelo. Extrapolou a probabilidade de sorrisos, preencheu o espaço que estava livre. Fez feliz, inspirou, acolheu, fez eu me sentir completa e falou, muitas vezes, o que eu precisava ouvir... Uma resposta sincera, completa, inédita.
A música parou, e dançar, agora, não faz mais sentido.
Aos poucos as feridas cicatrizam. É assim. Sempre será.
A dor oculta-se, mas as lembranças... Ah, as inolvidáveis lembranças...
(Créditos a Srta. Corleone pelo título do texto)

quinta-feira, 10 de junho de 2010

...?


Quem pode me explicar o que me acontece dentro?
Eu tenho que responder às minhas próprias perguntas. Tenho que ser serena para aplacar minha própria alienação. Tenho que ser racional para entender minha própria confusão. Ser o veneno e aquilo que extingue seus efeitos.
Tudo que sinto é enorme e, ao mesmo tempo, me faz sentir mínima.
A solidão é gigantesca e eu me sinto pequena.
Confuso.
Extremos opostos ininteligíveis.

domingo, 30 de maio de 2010

Divagações políticas

Já que este ano teremos eleições (e estou muitíssimo ansiosa para que esse momento chegue logo), posto aqui a conclusão do artigo que desenvolvi para uma disciplina da faculdade.

"A Independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822, marcou o fim do domínio português e a conquista da autonomia política. Mas será que exercemos nossa independência por completo?

O voto livre e independente não priva de reflexão. Supõe-se que seja de extrema importância parar para refletir o que representa a ação de teclar os números do candidato na urna eletrônica e pressionar o botão de confirmação. A conquista do voto livre trouxe a responsabilidade do voto consciente. Mas, mesmo assim, supõe-se que conquistar a consciência para exercer o voto livre e independente seja uma obrigação da população de países democráticos como o Brasil.

Além disso, acredita-se que os planos de governo propostos pelos candidatos, e contemplados com o sufrágio, resolvam as angústias e necessidades dos eleitores. No entanto, mais do que verificar quais itens estão pautados, deve buscar-se quais as propostas para solucionar os problemas observados e, não apenas contemplar certo candidato com o voto em função de simpatia, honestidade, credibilidade, entre outros. Embora estes itens sejam importantes, não são os únicos a figurar na escolha de um voto. A consciência da população ajuda na escolha de bons governantes, ao mesmo tempo em que a pró-atividade deve estar intrínseca na ação de votar. Acredita-se que esta pró-atividade dos eleitores ajude a mudar a cidade, o estado e o país no qual residem. Duas mãos, uma cabeça e um coração unidos com o mesmo propósito: Um futuro melhor para todos.

Muitos morreram para a conquista de nossa independência, por exemplo, Tiradentes durante a Inconfidência Mineira. Independência conquistada, democracia em marcha e o que pesa é a inconsciência inconsequente de pensar que o voto não pode mudar a política, a cidade e as perspectivas sobre o futuro. A consequência, triste e um tanto quanto desesperadora, é viver em uma sociedade fragmentada, nada pró-ativa, pouco reativa e conformada com o que lhe é dado. Afinal, quem é o empregado nessa história, o político ou a sociedade?

Quanto aos políticos, acredita-se que sejam cada vez mais profissionais e tenham, mas do que nunca, um vínculo “full time” com o mundo político. Isso, de certa forma, reduz o componente chamado de sonho, de utopia. Supõe-se que eles exercem um trabalho no qual precisam estar bem informados sobre o que interessa à vida das pessoas que formam sua base de apoio, ou na de potenciais eleitores. Desta forma, não estão na política para defender um ideologia, e, sim, para satisfazer necessidades próprias, sejam estas de natureza econômica, profissional ou pessoal.

Que este artigo desperte a consciência independente de cada indivíduo, seja este eleitor ou político. Que ninguém queira ser o mártir de uma sociedade que clama por um salvador. Que a sociedade seja repleta de heróis e salvadores e que seus representantes sejam tão conscientes e pró-ativos quanto ela. Que o grito de independência desferido no Ipiranga sobrepuje nossas esperanças de que dias melhores, mais conscientes e participativos, virão".

Extrato do artigo Política: O contexto da escolha de novos líderes para o país, escrito por Carina Schmitt.


Para concluir, deixo aqui uma frase do Bismark, a qual escolhi como epígrafe para este artigo: "A política não é uma ciência, como supõe a maioria dos senhores, mas uma arte".

sábado, 22 de maio de 2010

É outono!


Não há nada como o outono.
O verão se transforma, lenta e progressivamente, no inverno.
Dança de cores.
Verdes brilhantes.
Tons dourados, amarelados, alaranjados, avermelhados... Marrons inoperantes.
Beleza e prazer.
Manhãs enevoadas.
Sol ameno.
Céu azul (às vezes encoberto de pesadas nuvens).
Dias em tons castanhos.
Fogo na lareira, um bom vinho... Calor humano.
Tardes que lembram outras tardes.
Noites frias e, há muito, adormecidas.

domingo, 16 de maio de 2010

Metamorfose


Hoje, de forma diferente, posto aqui uma fotografia que tirei há algum tempo, e, junto com ela, uma breve e sutil reflexão.
(Quem sabe, repetirei isso mais vezes, já que adoro fotografia).

Como escreveu, em certa oportunidade, Rubens Alves: "Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses".
Desta forma, creio que devemos permitir que a mudança aconteça (por mais dolorida que seja em certas ocasiões). Sem ela, a lagarta eternizar-se-á e a beleza da borboleta jamais existirá.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Amizade

Confiança, afeição, aliança, dedicação, apreço, respeito, camaradagem, consideração, ternura, aconchego, compreensão, solidariedade, felicidade.

Amizade é própria de quem se quer bem; é o sentimento que aproxima as pessoas. Além disso, é um dos poucos (se não o único) antídoto contra a solidão. E não precisa ser uma amizade grandiloquente, do grude 24 horas. Uma amizade pode ser, ao mesmo tempo, leve como uma brisa e forte como uma ventania. Falo aqui da amizade entre indivíduos do mesmo sexo, bem como de sexos opostos... Falando em amizade entre homens e mulheres, sou adepta ao que escreveu Martha Medeiros em uma de suas crônicas: “Quando ouço que não existe amizade entre homem e mulher por causa da possibilidade de um envolvimento amoroso, me pergunto: E daí? Qual o problema de haver sensualidade no ar?”. Amigos homens são tão imprescindíveis quanto as amigas mulheres. Amigo homem é bom por que eles não falam toda hora sobre roupas, bolsas, liquidações e namoricos. Amigo homem ri das nossas manias, não faz drama e, sob hipótese alguma, vai pedir roupa emprestada.

Para os filósofos gregos a amizade era sempre expressão da virtude. Pitágoras, que dirigia pessoalmente um grupo filosófico de amigos, chamava a amizade de mãe de todas as virtudes. Para Sócrates o amigo tem que ser como o dinheiro, que antes de necessitá-lo, sabe-se o valor que tem. Ser amigo não é coisa de um dia. São gestos, palavras e sentimentos que se solidificam com o tempo e não se apagam jamais.

Em minhas buscas por definições para o termo “amigo”, acabei por encontrar o seguinte trecho: “Animal ou vegetal que se dá bem com alguém ou alguma coisa”. No mesmo instante fiquei meio chocada com a palavra “vegetal”, mas após refletir um pouco, percebi que a afirmação é real: quem nunca teve, afinal, um amigo em estado vegetativo, (daqueles que necessitam ouvir “Respire. Isso te manterá vivo”)? Eu tenho um.

Amigos são de todo tipo: Existem aqueles amigos malas, mas que, nem por isso, deixam de ser nossos amigos, amigos CDF’s (ou nota 10) que passam o dia sobre os livros e cadernos, amigos com vocação pra animadores de festa infantil, amigos fantásticos com os quais você passaria horas conversando sobre filmes, livros, história, e, até mesmo, lhamas, caso o assunto se esgote. Amigos com os quais se tem liberdade para conversar sobre sentimentos escusos e sobre a forma como se sente em relação a determinados fatos. Amigos que te entendem. Amigos pra tomar um chopp num sábado à noite. Amigos “das antigas” ou recentes. Amigos que criticam. Amigos generosos. Amigo virtual. Amigos que se mantêm amigos até mesmo no silêncio da distância.

Embora existam inúmeros tipos de amigos, e cada amigo com uma personalidade própria, sempre haverá algum (ou alguns) que nos encanta(m) mais. Amizade também é compartilhar. Querendo ou não, todos temos um perfil. Temos um conjunto de características que nos torna únicos. Acabamos por oferecer estas características aos demais, enquanto que os outros fazem a mesma coisa em relação à gente. Caso haja empatia pela essência alheia, que é compartilhada na troca, surgirá uma afinidade imensa, uma consideração infinita e uma aliança inacreditável.

Fica aqui, então, uma singela homenagem, bem como um agradecimento aos meus amigos, principalmente àqueles que tanto me encantaram e continuam me encantando em função da singularidade de seus jeitos, modos, ações e pensamentos (Não citarei nomes, por que eles sabem quem são). Cada bom amigo que tenho me aperfeiçoa e me enriquece, não pelo que me dá, mas pelo quanto me torna capaz de descobrir sobre mim mesma.

sábado, 8 de maio de 2010

Deixar ir

Desapegar-se. Uma complicada arte para a maioria dos indivíduos (ao menos para aqueles guiados pela emoção, e não pela razão).

O exemplo mais simples de desapego vem das abelhas. Após construírem a colméia, abandonam ela. E não a deixam morta em ruínas, mas viva e repleta de alimento. Todo mel que fabricaram além do que necessitavam é deixado. Batem asas para a próxima morada sem olhar para trás. Num ato incomum, abandonam tudo o que levaram a vida para construir. Simplesmente "soltam" sem preocupação. Deixam o melhor que têm (sem choro nem vela) seja pra quem for.

"Deixar ir" não significa que estamos negligenciando, sendo fracos, despreocupados ou desatenciosos. Na maioria das vezes, quando você se faz responsável pelos outros, acaba se tornando irresponsável consigo mesmo. Chega um dia em que, se você não deixar tudo para trás, também não vai para frente. Dizer adeus, nestes casos, é a melhor opção. Tudo tem começo e meio. O fim só existe para quem não percebe o recomeço. É preciso, por mais duro que seja, fechar os olhos e parar de sentir com o coração... Dar o primeiro passo, a primeira reza e o último beijo...

terça-feira, 4 de maio de 2010

Cô.mo.do - 1.Que oferece conforto; confortável.

Co.mo.di.da.de s.f. 1. Qualidade de cômodo; vantajoso; confortável. 2. Bem-estar; conforto.

A opção por ser um comodista é até lógica: é menos estressante e muito menos desgastante. Não é minha intenção criticar escolhas que cabem a cada um de nós, de modo pessoal. As escolhas fazem parte da nossa vida e, acredito não haver certo e errado "universais". No entanto, cada escolha é também uma renúncia, e as consequências, tanto positivas, quanto negativas, estão por vir... (Lembre-se de "apertar o cinto").
Neste contexto, pergunto-me: E se vivessemos em um mundo totalmente comodista? Certamente não se teria descoberto o fogo, nem inventado a roda e, ao que tudo indica, estaríamos vivendo em cavernas. Neste sentido, o inconformismo do Homem tem um poder imenso: sua "sede" por descobertas e criações, com o passar dos anos, fez com que a humanidade evoluísse (Lembre-se: são as perguntas que movem o Mundo, e não as respostas). Como escreveu Stephan Hawking em seu livro "O Universo numa Casca de Noz":
“É melhor viajar com esperança do que chegar. Nossa busca de descobertas alimenta nossa criatividade em todos os campos (...) Se chegássemos ao fim da linha, o espírito humano definharia e morreria. Mas não creio que um dia sossegaremos: aumentaremos em complexidade, se não em profundidade, e seremos sempre o centro de um horizonte de possibilidades em expansão”. Sendo assim, é importante que se tenha sempre um ponto onde chegar; algo a alcançar. As possibilidades de expansão da humanidade só são possíveis graças a crença de que o aprimoramento e crescimento (pessoais e coletivos) são fundamentais para a visão de novos horizontes.