sábado, 26 de março de 2011

Nada

Ao pensar-se no “nada”, associamos à nossa mente a ausência de qualquer coisa que seja, o vazio absoluto. No nada não existe nem o espaço, isto é, não há coisa alguma nem um lugar vazio para caber alguma coisa.

O nada foi pensado como conceito pelos filósofos que questionavam inclusive se o nada existe. Ao definir o nada como a ausência de qualquer coisa, então do próprio existir, Kant apresentou a existência do nada como um "pseudoproblema", ou seja, uma falsa questão.

Um nada. Silêncio. Um silêncio de algo que está sendo não dito é diferente do silêncio de nada estar sendo dito, do silêncio carregado de si mesmo, do silêncio de tudo estar sendo dito. É aí, e somente aí, que o nada pode ser tudo. Um tipo de silêncio é poder, outro é apatia, outro é autonomia, outro é pacto. O silêncio é um alfabeto dificílimo. Não há dicionário nem método para aprendê-lo. Para se comunicar com um silêncio a língua de acesso é o tempo e, com sorte, o olhar. Falar atrapalha.

O certo é que diante de certos silêncios, sendo estes tudo ou nada, a melhor resposta é, ainda, o nada.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Mil Pedaços

"Eu não me perdi,
O Sândalo perfuma o machado que o feriu
Adeus, adeus, adeus meu grande amor.
E tanto faz... De tudo o que ficou,
Guardo um retrato teu,
e a saudade mais bonita"

segunda-feira, 7 de março de 2011

Adeus

"Para você
Está tudo em um dia
Um dia numa vida
Está tudo em uma palavra
A única palavra é adeus
Para mim
Está tudo no que você diz
Embora você tenha tentado ser amável
Está tudo em palavras
Dos lábios que uma vez tocaram os meus com um suspiro
Adeus
Para você
Está tudo em sua face
A risada e as linhas de preocupação
Está tudo em uma palavra
Você espera fazê-lo jovem novamente
Adeus
Está tudo na peça
Alguém fala a linha
Está tudo em uma palavra
Que para e furta o tempo
Adeus
Adeus
Adeus
Para mim
Está tudo em um dia
É uma parte da vida
Quando está tudo em palavras
Para destinar e designar circunstâncias
Adeus"
 
 
 
(Ainda dói)