quarta-feira, 30 de junho de 2010

Coisas do inverno

"Inverno é tempo para conforto, para comida boa e calor, para o toque de uma mão amigável e para uma conversa ao lado do fogo: é tempo para casa" - Edith Sitwell

Abaixo, duas fotos do inverno de 2009.
Um agradecimento especial à Aline, que acordou tão cedinho pra fotografar o "nosso" Labirinto coberto de geada e cedeu, à minha pessoa, a foto que ficou tão linda. Obrigada, amiga!


Photo 1: Labirinto Verde - Praça das Flores


Photo 2: Praça localizada ao lado da minha casa

terça-feira, 29 de junho de 2010

Expectativas: meio caminho andado para a frustração

Criar expectativas é um caminho intrincado (pra não dizer um erro). Imaginamos, sonhamos, pensamos, criamos e, por fim, muitas vezes, não concretizamos nossas expectativas. É aí que mora o bichinho da frustração. Da frustração por termos planejado, e a realização não ter se concretizado. Mas é assim mesmo, afinal, quem tem cérebro pensa, e quem pensa acaba, de uma forma ou outra, imaginando situações, sentimentos, momentos, encontros e desencontros.
Muita gente por aí vive criando expectativas (e atire a primeira pedra quem nunca criou alguma). Eu também crio às vezes. São momentos, pessoas, abraços, encontros, conquistas e amores os quais queriamos que fizessem parte do "hall de acontecimentos" da nossa vida. Mas nem sempre pode ser assim. E muitas vezes não pode ser assim. Não adianta culpar o destino ou qualquer figura que não tenha capacidade pra se defender. O caminho não é pronunciar "Deus quis assim". Toda situação é inteira, logo é 100%. Usando uma matemática simples ou a danada da estatística, divide-se 100% ao meio e obtem-se duas vezes 50%. 50% de probabilidade da situação acontecer e 50% da situação não acontecer (Tudo bem que o aparecimento do segundo 50% é mais constante, mas enfim). Portanto, pode SIM não acontecer. E saber lidar com isso nem sempre é fácil.
No entanto, para não se frustrar, muitos humanos buscam viver o momento (e é isso que eu busco fazer também, embora crie expectativas às vezes). Viver aquilo que precisa ser vivido agora, não se preocupando com o acontecerá (ou não) amanhã, aproveitando cada momento, cada uma das situações, sentindo todas as emoções agora. É agora que tudo acontece. Agora que você e eu podemos agir e mudar. Amanhã? O amanhã é incerto. Vamos deixar o amanhã para amanhã e sentir a energia pulsante do hoje. A energia. A vida. O movimento.
Viver o hoje não é ser irresponsável e pouco preocupado com o futuro. É apenas desfrutar o máximo do agora. Do poder que ele nos dá. Não é sinônimo de não sonhar, é apenas sonhar com os pés no chão. É dar o máximo de si sem se preocupar com o amanhã, que pode nem chegar. E, além disso tudo, não criar o bichinho da frustração, com seus poderes ultra maléficos. É viver e não existir, apenas.

domingo, 27 de junho de 2010

Metade

Dedicação e carinho. Companhia nas noites perdidas. Sempre e sempre.
Fim.
Final.
Derradeira separação.
Súbita morte.
Sentimentos infinitos. Motivos de tristeza inesperados. Soluços infindáveis. Lembranças tantas. Choros repentinos.
Passou como um furacão. Me levou ao céu e ao inferno simultaneamente. Foi, ao mesmo tempo, o maior sonho e o maior pesadelo. Extrapolou a probabilidade de sorrisos, preencheu o espaço que estava livre. Fez feliz, inspirou, acolheu, fez eu me sentir completa e falou, muitas vezes, o que eu precisava ouvir... Uma resposta sincera, completa, inédita.
A música parou, e dançar, agora, não faz mais sentido.
Aos poucos as feridas cicatrizam. É assim. Sempre será.
A dor oculta-se, mas as lembranças... Ah, as inolvidáveis lembranças...
(Créditos a Srta. Corleone pelo título do texto)

quinta-feira, 10 de junho de 2010

...?


Quem pode me explicar o que me acontece dentro?
Eu tenho que responder às minhas próprias perguntas. Tenho que ser serena para aplacar minha própria alienação. Tenho que ser racional para entender minha própria confusão. Ser o veneno e aquilo que extingue seus efeitos.
Tudo que sinto é enorme e, ao mesmo tempo, me faz sentir mínima.
A solidão é gigantesca e eu me sinto pequena.
Confuso.
Extremos opostos ininteligíveis.