terça-feira, 29 de junho de 2010

Expectativas: meio caminho andado para a frustração

Criar expectativas é um caminho intrincado (pra não dizer um erro). Imaginamos, sonhamos, pensamos, criamos e, por fim, muitas vezes, não concretizamos nossas expectativas. É aí que mora o bichinho da frustração. Da frustração por termos planejado, e a realização não ter se concretizado. Mas é assim mesmo, afinal, quem tem cérebro pensa, e quem pensa acaba, de uma forma ou outra, imaginando situações, sentimentos, momentos, encontros e desencontros.
Muita gente por aí vive criando expectativas (e atire a primeira pedra quem nunca criou alguma). Eu também crio às vezes. São momentos, pessoas, abraços, encontros, conquistas e amores os quais queriamos que fizessem parte do "hall de acontecimentos" da nossa vida. Mas nem sempre pode ser assim. E muitas vezes não pode ser assim. Não adianta culpar o destino ou qualquer figura que não tenha capacidade pra se defender. O caminho não é pronunciar "Deus quis assim". Toda situação é inteira, logo é 100%. Usando uma matemática simples ou a danada da estatística, divide-se 100% ao meio e obtem-se duas vezes 50%. 50% de probabilidade da situação acontecer e 50% da situação não acontecer (Tudo bem que o aparecimento do segundo 50% é mais constante, mas enfim). Portanto, pode SIM não acontecer. E saber lidar com isso nem sempre é fácil.
No entanto, para não se frustrar, muitos humanos buscam viver o momento (e é isso que eu busco fazer também, embora crie expectativas às vezes). Viver aquilo que precisa ser vivido agora, não se preocupando com o acontecerá (ou não) amanhã, aproveitando cada momento, cada uma das situações, sentindo todas as emoções agora. É agora que tudo acontece. Agora que você e eu podemos agir e mudar. Amanhã? O amanhã é incerto. Vamos deixar o amanhã para amanhã e sentir a energia pulsante do hoje. A energia. A vida. O movimento.
Viver o hoje não é ser irresponsável e pouco preocupado com o futuro. É apenas desfrutar o máximo do agora. Do poder que ele nos dá. Não é sinônimo de não sonhar, é apenas sonhar com os pés no chão. É dar o máximo de si sem se preocupar com o amanhã, que pode nem chegar. E, além disso tudo, não criar o bichinho da frustração, com seus poderes ultra maléficos. É viver e não existir, apenas.

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